É uma planta herbácea anual, ereta, ramificada, de até 60 cm de altura. Possui folhas simples, alternas e sésseis; apresentam flores de coloração variando entre alaranjado e amarelo dispostas em capítulos terminais grandes, parecidos com uma margarida. É de origem Europeia (Ilhas Canárias e região Mediterrânea), sendo amplamente cultivada no sul do Brasil para fins ornamentais.
Ficha Técnica
Nome popular: Calêndula
Nome científico: Calendula officinalis L.
Família: Asteraceae
Sinônimos populares: Malmequer, bonina, maravilha-dosjardins, margarida-dourada
Sinônimos científicos: Calendula aurantiaca Kotschy ex Boiss., Calendula eriocarpa DC., Caltha officinalis (L.) Moench
Partes Utilizadas
- Folhas
- Flores (inflorescências)
Forma de Uso
- Ornamental
- Medicinal
- Infusão
- Extrato alcoólico
- Pasta
- Tintura
- Fitocosmético
- Extrato glicólico (5-10%)
Posologia
- Medicinal
Uso Interno
- Infusão:
- Adicionar uma colher (sobremesa) de inflorescência em uma xícara (chá) de água fervente. O infuso deve ser tomado 2 vezes ao dia antes das principais refeições. Recomendado em caso de afecções hepáticas e menstruação dolorosa ou insuficiente.
- Adicionar 2 colheres (sopa) de inflorescência em uma xícara (chá) de água, tomando ½ xícara (chá) de manhã e ½ xícara (chá) à noite contra a acne.
Uso Externo
- Extrato alcoólico: Misturar duas colheres (sopa) de inflorescência em uma xícara (chá) de álcool 70%. Umedecer um chumaço de algodão nesse extrato e aplicar diretamente na pele 2 a 3 vezes em caso de feridas, ulceras, acnes, inflamações purulentas ou micoses de pele.
- Pasta: Amassar as folhas frescas para obtenção da pasta. Depois utilizar 2 colheres (sopa) da pasta obtida e fazer aplicação localizada 2 vezes ao dia durante 15 min. em caso de reumatismo, contusões e dores musculares.
- Tintura: utilizar em compressas.
- Fitocosmético: Extrato glicólico (5 – 10%): cremes e loções para peles sensíveis e impuras, produtos pós-barba e pós depilação, xampus e condicionadores, sabonetes e produtos para higiene bucal.
Ação
- Antiespasmódica (prevenir a contração involuntária e convulsiva do tecido muscular liso – espasmos);
- Anti-inflamatório;
- Antisséptica;
- Cicatrizante;
- Emenagoga (provoca ou aumenta o fluxo menstrual);
- Sudorífica ou diaforética (provoca a transpiração);
- Vulnerária (que estimula a recuperação de tecidos, facilitando o processo de cicatrização em feridas, ulceras e queimaduras);
- Estimulante (estimula as atividades cerebrais, nervosas e vasculares, e também serve para acelerar o funcionamento de certos órgãos ou sistemas do corpo humano);
- Colagoga (provoca a secreção biliar);
- Bactericida;
- Inseticida;
- Fungicida;
- Emoliente (ação calmante para a pele e outros tecidos que estejam inflamados ou irritados);
- Depurativa (elimina impurezas);
- Adstringente (causa constrição dos tecidos e vasos sanguíneos e diminui as secreções das mucosas).
Indicações
- Espasmos gastrointestinais;
- Estimular as funções hepáticas e secreção biliar;
- Auxiliar as funções digestivas;
- Conjuntivite;
- Inflamações ou irritações na pele;
- Feridas, ulceras, acnes e queimaduras;
- Menstruação dolorosa (dismenorreia), menstruação insuficiente ou ausente (amenorreia);
- Contusões e dores musculares;
- Eczema;
- Micose;
- Conjuntivite e gengivite;
- Reumatismo;
- Picadas de insetos;
- Hemorroidas.
Precauções
O uso interno abusivo de calêndula pode causar depressões, náuseas e vômitos.
Armazenar preferencialmente em recipientes herméticos, em ambiente seco e arejado, protegido da luz solar.
Contraindicações
- É contraindicado para pessoas com hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae ou Compositae.
- O uso da calêndula durante a gravidez e lactação deve ser evitado devido à falta de dados sobre sua toxicidade.
Observações
- A calêndula se propaga por sementes e se adapta muito bem aos solos férteis e úmidos, com iluminação plena.
- A colheita pode ser feita 2 meses após a plantação.
Curiosidades
- No passado acreditava-se que a calêndula elevava o espírito e trazia alegria. Ela é uma das plantas medicinais mais usadas, sendo muito versátil.
Referências
- LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. – SP: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.
- CORRÊA, A. D.; SIQUEIRA-BATISTA, R.; QUINTAS, L. E. M. Plantas Medicinais: do cultivo à terapêutica. – Petrópolis, RJ: Editora VOZES, 246 p.
- MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais – Viçosa: UFV, 2000. 220 p.
- BARNES, J.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Fitoterápicos – 3ª Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2012. 720 p.
- TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia – 4ª Ed. – Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001. 317 p.
- CURTIS, S.; GREEN, L.; ODY, P.; VILINAC, D. O Livro de Receitas das Ervas Medicinais – SP: Publifolha, 2011. 352 p.
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