Plantas Medicinais

Conheça o Uso Medicinal da Carqueja

É um subarbusto perene (o tempo de vida pode ultrapassar três anos, florescendo a cada um ou dois anos), ereto, podendo atingir até 1 m de altura, ramificado na base, de caules verdes e ramos com expansões trialadas. Apresenta folhas dispostas ao longo de caules e ramos como expansões aladas, inflorescência em capítulos aglomerados ao longo dos ramos de cor amarela. É nativa do sul e sudeste do Brasil, sendo amplamente distribuída na América
do Sul.

Ficha Técnica

Nome popular: Carqueja

Nome científico: Baccharis genistelloides subsp. crispa (Spreng.) Joch.Müll.

Família: Asteraceae

Sinônimos populares: Carqueja-amarga, carqueja-amargosa, quina-de-condamine, cacália-amarga

Parte Usada

  • Caule
  • Folhas

Forma de Uso

  • Medicinal

Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal

Uso Interno

  • Infusão
  • Vinho medicinal

Posologia

  • Medicinal

Uso Interno

  • Infusão: Adicionar uma colher (sopa) de suas hastes em uma xícara (chá) de água fervente. Tomar uma xícara (chá) 3 vezes ao dia (30 min. antes das refeições) em caso de afecções estomacais, intestinais e hepáticas.
  • Vinho medicinal: Macerar por 5 dias 1 colher (sopa) de hastes em ½ copo de cachaça. Depois misturar numa garrafa de vinho branco. Tomar 1 cálice antes das refeições (ação digestiva).

Ação

  • Tônica (fortificar o organismo e estimular suas funções);
  • Febrífuga (ajuda a combater ou reduzir a febre);
  • Estomacal;
  • Vermífuga (anti-helmíntico – contra vermes intestinais);
  • Hepatoprotetora;
  • Digestiva ou eupéptico (facilita a digestão);
  • Vulnerária (que estimula a recuperação de tecidos, facilitando o processo de cicatrização em feridas, ulceras e queimaduras);
  • Analgésica (combate ou diminui a dor);
  • Anti-inflamatória;
  • Hiperglicêmica;
  • Diurético (aumenta o volume de urina, facilitando a eliminação de toxinas);
  • Antirreumática (para tratamento de doenças que afetam as articulações, músculo e esqueleto – reumatismo);
  • Cicatrizante;
  • Estimulante (estimula as atividades cerebrais, nervosas e vasculares, e também serve para acelerar o funcionamento de certos órgãos ou sistemas do corpo humano);
  • Anti-Trypanosoma cruzi

Indicações

  • Disfunções estomacais, hepáticos, renais e intestinais;
  • Feridas e ulceras;
  • Casos de diabetes;
  • Anemia;
  • Diarreia;
  • Vermes intestinais;
  • Dispepsia (má digestão);
  • Febre;
  • Inflamações variadas (ex. anginas);
  • Dores reumáticas ou reumatismo;
  • Astenia;
  • Náuseas e azias;
  • Hipertensão
  • Emagrecimento ou anorexia;
  • Parasitoses intestinais

Precauções

  • A superdosagem da carqueja causa redução da atividade motora.
  • Não se aconselha o seu uso durante a gravidez e lactação sem orientação
    médica.
  • Descontinuar o seu uso em caso de hipersensibilidade.
  • O armazenamento deve ser em recipiente hermético, em ambiente seco e
    arejado e protegido da luz solar.
  • Deve ser evitado o uso das raízes e das partes inferiores das plantas.

Contraindicações

  • Pessoas com tendência a formação de úlceras gástricas e duodenais devem evitar o uso de carqueja, e, se fizerem uso devem seguir orientação médica.

Observações

  • Não há referências de toxicidade dessa espécie na literatura consultada, caso for respeitado a dose.

Curiosidades

  • A carqueja pode se desenvolver em locais inadequados como solo seco, pedregoso à beira das estradas, sujeito a contaminações.

Referências

  1. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. – SP: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.
  2. DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. – 2ª Ed. – SP: Editora UNESP, 2002. 604 p.
  3. MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais – Viçosa: UFV, 2000. 220 p.
  4. CORRÊA, A. D.; SIQUEIRA-BATISTA, R.; QUINTAS, L. E. M. Plantas Medicinais: do cultivo à terapêutica. – Petrópolis, RJ: Editora VOZES, 246 p
  5. TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia – 4ª Ed. – Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001. 317 p.

Tenha um excelente dia!

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