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Herpes-Zóster: o que você pode fazer hoje com alimentação, sono e hábitos para evitar dor e complicações

O vírus da catapora nunca some totalmente do corpo, ele fica “dormindo” nos gânglios nervosos e, em cerca de 1 em 3 pessoas, pode reativar mais tarde como herpes-zóster, o famoso cobreiro. A doença causa uma erupção dolorosa em faixa e pode evoluir para uma dor crônica chamada neuralgia pós-herpética. A boa notícia: comportamento e nutrição influenciam muito o risco de reativação e a gravidade dos sintomas.

doctor pointing to Herpes zoster

Como a Herpes Zóster Costuma Começar – Sinais de Alerta

Antes da erupção aparecer, muita gente sente dor, formigamento ou coceira numa área de um lado do corpo, isso pode vir dias antes do rash. Pode haver também dor intensa em trajeto de nervo (dermatoma), febre e sensação de mal-estar. Quando a erupção surge, são típicas bolhas agrupadas que formam uma faixa e costumam sarar em 2–4 semanas. Se a lesão atingir os olhos, a situação exige atenção imediata.

Procure atendimento médico assim que notar as lesões características ou se caso dor forte, procure um dermátomo: antivirais orais (acyclovir, valacyclovir, famciclovir) são mais eficazes quando iniciados nas primeiras 72 horas, reduzindo duração, severidade e risco de complicações e se você gosta desta abordagem, somente estes profissionais ppodem prescrever.

O Risco Real: Quem Costuma ter mais Chance de ter a Herpes Zóster

O risco aumenta com a idade, especialmente depois dos 50 anos, e sempre que a imunidade está comprometida (doenças crônicas, quimioterapia, uso de corticoide, HIV, etc.). Fatores de estilo de vida também importam: noites mal dormidas, estresse crônico, fadiga, má nutrição e cirurgias recentes podem facilitar a reativação. Estudos ainda relacionam COVID-19 e algum risco aumentado de episódios dentro do ano após a infecção.

Outro ponto importante: até 1 em 5 pacientes pode desenvolver neuralgia pós-herpética (dor persistente por meses), especialmente os mais velhos e quem teve dor muito intensa na fase aguda, por isso mesmo o tratamento rápido é crucial.

Nutrição Prática para Reduzir Risco e Acelerar a Recuperação

Alimentação não “cura” o vírus, mas cria uma condição (que nós da saúde integrativa chamamos de terreno biológico) onde o sistema imune fica mais forte, e isso faz toda diferença.

  • Priorize proteínas de qualidade (peixe, frango, ovos, leguminosas): são essenciais para reparo tecidual e imunidade.
  • Incremente lisina: alimentos ricos em lisina (peixes, carnes magras, ovos, leguminosas, soja) podem ajudar a limitar replicação viral ao competir com arginina, embora o efeito clínico direto seja modesto, faz sentido incluir esses alimentos durante recuperação.
  • Antioxidantes e anti-inflamatórios naturais: frutas vermelhas, folhas verdes, chá verde e alimentos ricos em polifenóis reduzem estresse oxidativo e inflamação, o que protege nervos e acelera a cura.
  • Vitaminas importantes: vitamina C e D e vitamina B12 participam da defesa imune e da saúde nervosa — mantenha níveis adequados (faça exames e suplementação quando indicada por profissional). Estudos observacionais e pequenos estudos de intervenção apontam benefícios da vitamina C intravenosa em redução de dor e menor risco de neuralgia pós-herpética, embora sejam necessários ensaios maiores e que sejam receitadas e administradas por um médico.

Evite: excesso de açúcar, bebidas alcoólicas e ultraprocessados durante a vigência do quadro (eu sugeriria durante toda vida, mesmo quem não tem a condição) e na fase de recuperação, eles aumentam inflamação e retardam a cicatrização.

Hábitos que fazem diferença

  • Sono: 7–8 horas regulares ajudam a manter a imunidade. Estudos mostram pior risco em pessoas com distúrbios do sono.
  • Controle do estresse: práticas como respiração, meditação e caminhadas reduzem a ativação do eixo do estresse e ajudam a manter o vírus sob controle.
  • Exercício moderado: fortalece o sistema imune — mas evite esforços extenuantes durante a fase aguda.

Entre terapias complementares com evidência crescente estão acupuntura (várias RCTs e meta-análises mostrando redução de dor e lesões) e protocolos de LED / “golden light” associados a antivirais que reduziram dor e tempo de cura em estudos recentes — são opções a discutir com seu médico, especialmente quando a dor é intensa ou há risco de neuralgia, segundo a co-autora deste artigo, a Dra Camila Tatibana.

O que fazer na prática?

  • Ao primeiro sinal (dor queima/ardor numa faixa ou rash): procure médico. Antivirais iniciados nas primeiras 72 horas ajudam muito.
  • Proteja a pele: limpeza suave, vaselina fina e curativo não-aderente; compressas frias para alívio.
  • Alimentação: proteínas, lisina, frutas e verduras ricas em antioxidantes; evite açúcar e álcool.
  • Durma, diminua estresse e mantenha hidratação.
  • Se dor persistir >3 meses, peça avaliação para neuralgia e terapias (capsaicina, adesivos de lidocaína, gabapentina, ou opções não-farmacológicas).

A Ozonioterapia como uma opção inovadora

Além das abordagens que já discutimos, a ozonioterapia tem surgido como uma opção coadjuvante com resultados promissores no manejo do herpes-zóster e da neuralgia pós-herpética. Estudos clínicos mostram que técnicas como a auto-hemoterapia com ozônio e infiltrações de O₂–O₃ junto ao gânglio dorsal reduzem a intensidade da dor, ajudam na cicatrização e podem diminuir a chance de dor crônica quando usadas em combinação com tratamentos convencionais. Revisões recentes apontam efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e imunomoduladores do ozônio, mas também observam variação nos protocolos e na qualidade dos estudos — por isso a prática requer equipamento apropriado, protocolos padronizados e profissional capacitado, como a co-autora deste artigo, a Dra. Camila Tatibana.

Definitivamente é Possível Encontrar o Tratamento que Melhor te Atenda

A Herpes-Zóster ou cobreiro é comum e pode ser muito doloroso, mas muitas ações simples, como exames, antivirais rápidos, alimentação adequada, sono e controle do estresse,reduzem a chance de complicações e aceleram a recuperação. Além das diversas terapias que podem acelerar a cura ou diminuir suas consequências, mais notadamente a dor. As cartas estão na mesa, agora basta usá-las.

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Sobre o Autor

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Nutricionista
Fitoterapeuta
Divulgador Científico sobre Saúde

Fisioterapeuta, Especializada em Microfisioterapia, Aromaterapia e Pilates.
Terapeuta Floral certificada pelo Bach Centre Foundation - Londres.
Pós Graduada em Acupuntura e em Dermatofuncional.

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