Plantas Medicinais

Erva-de-Santa-Maria (Mastruz): Poderoso Antiparasitário Natural e Anti-inflamatório

A , também conhecida como mastruz, é amplamente utilizada na medicina popular por suas propriedades antiparasitárias, anti-inflamatórias e expectorantes. Em Portugal, é chamada de erva-formigueira, e nos países de língua inglesa, é conhecida como wormseed. Originária da América Latina, essa planta é um dos remédios naturais mais antigos e versáteis, especialmente no combate a parasitas intestinais.

Benefícios para a Saúde

  • Ação Antiparasitária: A erva-de-santa-maria é amplamente conhecida por sua eficácia contra parasitas intestinais, como lombrigas, oxiúros e tênias. Seus compostos ativos, como o ascaridol, interferem no metabolismo dos parasitas, promovendo sua eliminação.
  • Propriedades Anti-inflamatórias: Utilizada no alívio de dores articulares, artrite e inflamações, a erva ajuda a reduzir o desconforto e melhora a mobilidade.
  • Natural: Auxilia na eliminação de muco das vias respiratórias, sendo eficaz em casos de resfriados, e sinusite.
  • Antisséptico e : Aplicada topicamente, contribui para a limpeza e cicatrização de , além de reduzir infecções cutâneas leves.
  • Fortalecimento do Sistema Digestivo: Suas propriedades ajudam a combater disfunções gastrointestinais, como má digestão, náuseas e cólicas.

Outros Usos

  • Controle de Pragas: O óleo essencial da erva é usado como repelente natural de insetos e controle de pragas em plantas.
  • Remédio Popular: Em algumas culturas, é utilizada para aliviar dores menstruais e sintomas de intoxicação alimentar.

Efeitos Adversos

Embora benéfica, a erva-de-santa-maria deve ser usada com cautela devido à toxicidade de seus compostos em altas doses.

  • Contraindicações: Não recomendada para gestantes, lactantes, crianças menores de 12 anos e pessoas com doenças hepáticas ou renais.
  • Reações Adversas: Em doses elevadas, pode causar náuseas, vômitos, dores abdominais e tontura.
  • Interações Medicamentosas: Pode potencializar o efeito de medicamentos antiparasitários e afetar a ação de anticoagulantes.

Formas de Preparo

Infusão Antiparasitária

Ingredientes:
1 colher de chá de folhas secas.
250 ml de água fervente.
Modo de preparo:
Ferva a água e desligue o fogo.
Adicione as folhas e tampe o recipiente.
Deixe em infusão por 10 minutos.
Coe e consuma 1 xícara por dia, por no máximo 3 dias consecutivos.
Indicação: Combate a .
Validade: Consumir em até 12 horas após o preparo.

Cataplasma Cicatrizante

Ingredientes:
5 folhas frescas.
1 colher de sopa de água morna.
Modo de preparo:
Amasse as folhas até formar uma pasta.
Misture com a água morna.
Aplique diretamente sobre a ferida ou inflamação, cobrindo com um pano limpo.
Deixe agir por 20 minutos e lave com água corrente.
Indicação: Tratamento de feridas e infecções leves.
Validade: Uso imediato.

Decocção para Problemas Respiratórios

Ingredientes:
2 colheres de sopa de folhas frescas.
500 ml de água.
Modo de preparo:
Ferva as folhas na água por 5 minutos.
Coe e consuma 1 xícara morna até 2 vezes ao dia.
Indicação: Expectorante para resfriados e bronquite.
Validade: Consumir no mesmo dia do preparo.

Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal

Ficha Técnica da Erva-de-Santa-Maria

  • Outros nomes populares: Mastruz, mentruz, erva-formigueira, ambrosina, mastruço.
  • Nome científico: Dysphania ambrosioides.
  • Nome em inglês: Wormseed.
  • Raridade: Comum em regiões tropicais e subtropicais.
  • Clima de ocorrência: Tropical e subtropical.
  • Partes utilizadas: Folhas, flores e sementes.
  • Altura da planta: Até 1,2 metros.

Como Plantar Erva-de-Santa-Maria

  • Local Ideal: Sol pleno ou meia-sombra, com boa circulação de ar.
  • Plantio: Semeie diretamente no solo ou em vasos com profundidade mínima de 20 cm. Cubra levemente as sementes com terra fina e mantenha o solo úmido até a germinação. Após germinar, reduza a frequência de rega para evitar encharcamento.
  • Solo: Rico em matéria orgânica, bem drenado e levemente arenoso.
  • Rega: Moderada; evite excesso de água para prevenir fungos.
  • Adubação: Aplique adubo orgânico a cada 2 meses.
  • Pragas comuns: Pulgões e lagartas; controle com inseticida natural.
  • Doenças: Fungos devido ao excesso de umidade; prevenir com regas controladas.
  • Cultivo em vaso: Adequado, desde que os vasos possuam boa drenagem e espaço para o crescimento das raízes.

Observações

  • Essa planta também elimina e repele pulgas e percevejos (colocar ramos debaixo de colchões ou usando-os como vassouras para varrer a casa).

Tenha um excelente dia!

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Referências

  • LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. – SP: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.
  • MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais – Viçosa: UFV, 2000. 220 p.
  • SIMÕES, C. M. O et al. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. – Porto Alegre: Ed. Da Universidade/UFRGS, 1989. 174 p

Sobre o Autor

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Fitoterapeuta
Fundador e Editor-Chefe da Solaria Saúde e Bem-Estar

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